Catequistas Brasil 2023: ‘Apontando caminhos para que você mostre a direção’

“A impecável organização do Catequistas Brasil 2023, idealizado por Kiara Castro e equipe da Promocat, ofereceu diversificadas atividades que envolveram os congressistas o dia inteiro. Tudo isso faz com que os participantes das várias regiões brasileiras recebam boa atualização e se integrem no mesmo ideal: anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo”, disse a irmã Lúcia Maria, da Congregação de Nossa Senhora de Belém, com sede na Arquidiocese do Rio de Janeiro.

A quarta edição do Catequistas Brasil, que aconteceu de 3 a 5 de fevereiro de 2023 no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, localizado dentro do Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP), reuniu catequistas de todos os cantos do país.

“Pela terceira vez, ao ser convidada a participar do Catequistas Brasil, tive a oportunidade de apresentar o tema “O Catecismo da Igreja Católica e a globalidade da vida cristã”, na qual partilhei sobre este valioso texto da Igreja, que, juntamente com a Palavra de Deus, alimenta nossa fé professada, celebrada, vivida e orada”, disse irmã Lúcia Maria.

A religiosa destacou que durante o evento também apresentou outra palestra sobre os cinco itinerários formativos da “Coleção Perseverando”, fruto da parceria entre a Arquidiocese do Rio de Janeiro e a Paulus Editora. “Este subsídio, destinado aos catequistas, tem colaborado na formação das crianças e adolescentes que fizeram sua Primeira Comunhão”.

“Realmente foi uma riqueza participar de um evento religioso que aponta caminhos para que cada um em sua realidade eclesial possa mostrar a direção. Sigamos em frente com a graça de Deus!”, concluiu irmã Lúcia Maria.

 

Formação e partilha

Dentro de uma programação simultânea, os catequistas participaram de palestras, oficinas, momentos de espiritualidade, como adoração ao Santíssimo e Santa Missa, além de shows e programações paralelas.

“Fui abençoada em participar pela primeira vez do Catequistas Brasil. Sou grata a Deus, por todo conhecimento recebido, pela rica e única experiência espiritual e por toda  bagagem de conhecimento que trouxe comigo. Aguardo ansiosamente para compartilhar com muita alegria em minha paróquia, com meus irmãos de fé e trabalhos”, disse a catequista Vanessa Carrocino Rodrigues, da Paróquia Nossa Senhora de Loreto, na Freguesia. 

Para o catequista Edilson Meireles, da Paróquia São José Operário, em Campo Grande, “o Catequistas Brasil foi uma momento de confraternização, de contato com outras realidades de catequese que de algum modo edificam minha forma de catequizar”.

 

Aperfeiçoar no que acredita

A catequista Fátima Birra Nolasco Fernandes, da Paróquia Nossa Senhora de Loreto, na Freguesia, destacou que, ao participar do Catequistas Brasil, pode aprender mais e aperfeiçoar tudo aquilo que  acredita do que é ser catequista.

“Percebo que há muito ainda a ser fazer. É notório que as relações de hoje estão cada vez mais individuais e com finalidade lucrativa (em muitos dos casos). Perdemos a sensibilidade e a percepção para com o próximo. Na catequese tem acontecido as mesmas situações. Tenho notado que a Igreja se transformou em ilhas de pastorais onde nem sempre há comunicação ou sequer falam a mesma ‘língua’. Não há um relacionamento interpessoal para entendermos e conhecermos a experiência que cada um tem com Cristo. Isto poderia ser o início para fazer a diferença em cada etapa de vida e na evangelização”, disse.

Fátima Fernandes recordou que é preciso viver de fato o que Cristo ensinou. “A Igreja é um corpo e cada membro é diferente, mas precisa falar a mesma linguagem: a de Cristo. Todos nós, incluindo os membros do clero ao fiel recém chegado, somos catequistas. Temos a missão de passar nossa experiência de vida e nossas experiências com Cristo. Assim aprenderemos um com os outros e cresceremos juntos. Isso só é conseguido com a ajuda do Espírito Santo. Só com Ele que conseguiremos essa unidade”. 

“Isso é o que Jesus vem nos ensinando durante todos esses anos”, destacou Fátima Fernandes. “Temos que ajudar a formar seres humanos, gente de verdade. Gente que é amor, é alegria, é tristeza, é problema pessoal, é raiva, é decepção. Pessoas que são compostas por diversos sentimentos e experiências”. 

“Somente conhecendo o próximo que reconheceremos a figura de Cristo em cada um. Só cresceremos na fé, se a base dos nossos ensinamentos for realmente o amor de Cristo e a inclusão de todos os tipos de pessoas e realidades”, concluiu Fátima Fernandes.

 

Carlos Moioli

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