“Como Jesus de Nazaré, que cresceu em idade, em sabedoria e em graça, diante de Deus e dos homens, santificando, assim, todas as situações humanas, os católicos devem ambicionar, como meta cotidiana, a maturidade plena para viverem a santidade no meio do mundo e transformarem, então, todas as realidades cotidianas e sociais, segundo o plano divino da Criação e da Redenção”.
A reflexão acima é do bispo auxiliar do Rio de Janeiro Dom Antonio Augusto Dias Duarte, que lançou, em junho deste ano, o livro: “Chamados à maturidade – Formar o homem para formar o santo”. Com 148 páginas, a obra foi publicada pelas Edições Sementes do Verbo e faz parte da Coleção Spes.
Para serem santos, segundo Dom Antonio Augusto, “os católicos de hoje devem ser muito humanos, devem ser homens e mulheres em processo contínuo de amadurecimento, pessoas com personalidades atraentes, convincentes e influentes”.
“A maturidade humana, afetiva, intelectual e espiritual dos católicos, além de ser um fruto graúdo da correspondência à ação do Espírito Santo, também é o grande sinal atrativo da chamada de Cristo – ‘Tu, segue-Me’ (cf. Jo 21,22) – que reclama de cada batizado um esforço mais sério por adquirir e consolidar no seu caráter todas as virtudes humanas vividas como Cristo Redentor viveu”, explicou o autor.
No prefácio, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, evidencia os principais pontos da obra. O livro, segundo o arcebispo, é um convite e uma bela reflexão para os tempos atuais, tão difíceis. Veja abaixo boa parte do prefácio:
“O livro consta de seis grandes partes: na primeira delas, intitulada Ser protagonista da própria vida, ao apresentar a questão da liberdade humana, somos convidados ao protagonismo da existência e que sejamos nós a escolher quem nos influencia, quem nos direciona e não a andamos como a palha que o vento carrega, sendo levados por qualquer vento de moda ou ideologia”, escreveu o arcebispo.
E prosseguiu: “Logo após, Dom Antonio Augusto começa a aprofundar as diversas dimensões de desenvolvimento da maturidade, a partir da maturidade humana, peça central da obra. A graça supõe a natureza, como bem nos recorda Santo Tomás de Aquino, e é nessa perspectiva que a maturidade humana é caminho necessário para o caminho de maturidade espiritual”.
“Ao tratar da maturidade efetiva (cap. 3), Dom Antonio Augusto vai propor uma temática que está bastante em voga em nossos dias: a inteligência emocional, onde nos sugestiona a entrar em contato com essa arte, que é saber lidar com as nossas emoções.
“Nas questões relacionadas à maturidade intelectual (cap. 4), vai tratar sobre a urgente questão da busca da verdade: em uma época marcada pelo relativismo, pelo fenômeno das fake news e da verdade consensual, a busca pela verdade, que sabemos ser única e que tem várias dimensões, torna-se imperativo categórico para o desenvolvimento humano”.
“A partir dessas considerações que os Capítulos 5 e 6 vão tratar respectivamente é que chegamos à temática da maturidade espiritual, ou da temática do chamado à santidade, onde a busca constante pela vontade de Deus deve ser o horizonte que nos guie e a realidade que dá sentido à existência de todo ser humano”.
Dom Orani concluiu o prefácio agradecendo a Dom Antonio Augusto por colocar à disposição dos católicos as importantes e enriquecedoras reflexões.
Da Redação