Dom Orani: ‘Desejo a vocês um ano novo cheio da graça de Deus’

“Ao cantar o ‘Te Deum’ damos graças a Deus por todos os dons e bênçãos que recebemos durante o ano de 2003”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, ao presidir a missa em ação de graças no último dia do ano, 31 de dezembro, na Catedral de São Sebastião, no Centro.  

“O nosso agradecimento, ‘A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos’, não é porque tudo correu bem ou que tudo deu certo, mas porque os Senhor sempre esteve presente em nossas vidas. Mesmo nos momentos mais difíceis e mais complexos, não nos abandonou”, acrescentou o arcebispo.

A missa foi concelebrada pelo pároco, cônego Cláudio dos Santos, e pelos vigários paroquiais Manoel Pacheco de Freitas Neto e Stannly Cunha dos Santos. O padre Arthur José Torres da Conceição foi o cerimoniário da celebração, e a proclamação do Evangelho foi feita pelo diácono Thiago Mariz Esteves de Souza.

No início da celebração, o arcebispo colocou nas intenções da missa o sufrágio pela alma do Papa emérito Bento XVI, que estava completando um ano de falecimento, ele que ocupou a Cátedra de Pedro de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013. 

Lembrou ainda que a celebração marcava o final do ano civil, a conclusão da Oitava de Natal com a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, e o 57º Dia Mundial da Paz, cuja temática aborda sobre “inteligência artificial e paz.”

Na homilia, Dom Orani também evidenciou que ação de graças a Deus era também pela caminhada arquidiocesana: “agradecemos a Deus pela presença da Igreja Católica em todos os cantos da cidade, pelo trabalho que é realizado pelos sacerdotes, consagrados e leigos cristãos. Todos unidos na diversidade de carismas e dons, a missão é realizada com carinho na área social, catequética, educacional, missionária e evangelizadora”.

O arcebispo também destacou a presença capilar da Igreja na arquidiocese. Agradeceu a Deus pela criação de novas paróquias, pelas vocações, que resultou na ordenação de novos sacerdotes e diáconos permanentes, e pelo trabalho realizado pelas pastorais, novas comunidades e movimentos eclesiais. 

“Vivemos tempos complexos, com o mundo em ebulição. Guerras e conflitos por todos os lados, também em nossa cidade. Em meio a situações de injustiças, problemas e maldades, o Senhor vem em encontro de nossas necessidades. A Igreja se faz presente e nos impulsiona a fazer a nossa parte, em transformar corações, a viver nossa missão”, disse.

Dom Orani lembrou que, junto com a ação de graças pelo ano que estava acabando, também era necessário pedir bênçãos para 2024, o Ano da Oração, convocado pelo Papa Francisco em preparação ao Jubileu de 2025, e em curso, o II Sínodo Arquidiocesano Sobre as Missões.

“Faz parte do jeito de ser do cristão agradecer a Deus pelo ano que termina e pedir as luzes necessárias para fazer a vontade de Deus no ano que chega. Não são superstições, comidas, vestes e outras coisas que fazem a diferença, mas sim a nossa confiança no Senhor, que está e estará conosco durante todo o ano”, disse.

“Peçamos ao Senhor que no tempo que nos é dado durante os próximos 366 dias – ano bissexto – possamos fazer o melhor de nós mesmos, continuar fazendo o bem e andando pelos caminhos do Senhor. Ajudando-nos a dar as mãos uns para com os outros e cuidando-nos uns dos outros para que em tudo Deus seja glorificado e para que as pessoas experimentem esse amor de Deus em seus corações”, disse o arcebispo, e concluiu a homilia: “desejo a vocês um ano novo cheio da graça de Deus, e que abertos à ação do Espírito Santo, caminhemos unidos”.


Carlos Moioli

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