60 mil fiéis participaram da tradicional peregrinação ao Santuário com o Terço e a Santa Missa
Neste sábado (31), a Capital Mariana da Fé recebeu pela 122ª vez a Romaria da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), que tem como tema neste ano “Em oração na casa da Mãe Aparecida”.
A peregrinação, com 60 mil fiéis e quase 300 paróquias se tornou uma das maiores e mais importantes que a Casa da Mãe Aparecida acolhe. Uma romaria centenária com muita história, devoção e fé.
Para estar em sintonia com o Ano da Oração que a Igreja celebra esse ano em preparação ao Jubileu da Esperança de 2025, logo pela manhã houve a oração do Terço na Tribuna Bento XVI, localizada na Fachada Sul do Santuário.
Finalizando o mês vocacional, o seminarista Bruno Galdino nos testemunhou como a devoção à Mãe Aparecida o motiva a perseverar no chamado feito por Deus.
“Nessa romaria, o vocacionado se coloca na presença da Mãe de Nosso Senhor, ela que é Mãe e Mestra e nos ajuda nesse caminho como discípulo para a vocação sacerdotal, em saber ouvir a voz do Divino Mestre, que pela força do Espírito Santo auxilia o jovem a corresponder a cada dia e dar prosseguimento ao que Deus quer para mim e para a Santa Igreja”.
A Santa Missa das 9h, no Altar Central do Santuário Nacional, foi presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani Tempesta, que para o A12 falou desta relação de amor e fé a partir da peregrinação em comunidade à Casa da Mãe.
“Estamos em sintonia com o Ano da Oração, com nossa Mãe, para nos prepararmos bem para o Jubileu e assim sermos portadores da paz para nossa cidade e reabastecer nossa vida a partir da oração. É uma tradição no Rio de Janeiro fazer as campanhas para lotar os ônibus das paróquias, e os fiéis pagam mensalmente a passagem para que quase totalmente os devotos estejam aqui em Aparecida, realizando este belo movimento de fé”.
Na homilia, Dom Orani nos ensina a seguir o modelo de Maria que indica a sempre fazer o que o Senhor Jesus nos diz.
“Nossa Senhora entende as nossas dificuldades como Arquidiocese, as situações que passam as pessoas e nós religiosos. Queremos ouvir novamente de Maria, assim como falou a Jesus da falta de vinho, sobre os nossos sofrimentos, dificuldades, inseguranças e violências: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’ (Jo 2,5)
Ou seja, o nosso caminho diante das situações é que Ele tem agido em nossas vidas através das celebrações, orientações, participação, crescimento na fé, faz com que o povo de Deus confie mais na Igreja e em seus pastores. Saber que na Igreja temos um lugar de abrigo e de conforto. Continuem a acreditar que as coisas vão mudar, assim como a água se transforma em vinho, quanto mais evangelizamos e proclamamos o Evangelho e divulgamos a Salvação”.
Ao portal A12, o missionário redentorista Padre Hélder José da Silva, falou da alegria para o Santuário Nacional em acolher a tradicional romaria.
“São mais de 120 anos de Romaria, uma história muito longa deste amor, desta devoção à Nossa Senhora Aparecida. Eles estão num número grande, tanto de bispos como de padres, que celebram aqui no Santuário de uma maneira muito organizada temos hoje o coral dos seminaristas da Arquidiocese nós temos uma presença muito significativa do povo aqui no Santuário.
Essa participação aqui na Casa da Mãe é muito significante para nós, porque nós vemos uma expressão de fé do povo peregrino de Nossa Senhora Aparecida. E de modo especial, enquanto peregrinos da esperança que somos, esta romaria é uma preparação para todos nós para a grande Novena e Festa da Padroeira que vamos celebrar em outubro”.
Após a Santa Missa, os romeiros foram convidados a participar da espiritualidade no Morro do Cruzeiro, contemplando a Via-Sacra. Por fim, às 12h, ocorreu a bênção de encerramento.
As romarias do estado fluminense à Aparecida acontecem desde o século 19, quando só existia a Basílica Histórica.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro realizou em 16 de dezembro de 1900 a romaria de virada do século e em comemoração ao ano jubilar da Redenção. Dom Joaquim Arcoverde convocou essa romaria.
O Santuário de Aparecida e a Arquidiocese do Rio de Janeiro têm uma história em comum e uma relação bem estreita.
A peregrinação se intensificou em 1931 após a visita da imagem original de Aparecida a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Mais tarde, o Cardeal Eugênio de Araújo Sales determinou que a Romaria a Aparecida se realizasse anualmente no último Sábado do mês de agosto, tradição mantida até aos dias de hoje.
A12 – Santuário Nacional de Aparecida
