No Brasil temos a alegria de celebrar o mês de junho com este enfoque verde, simbolizando o nosso compromisso com o meio ambiente, nossa casa comum. As diversas celebrações visam manifestar a nossa esperança e o cuidado com a Criação, obra que Deus Criador colocou em nossas mãos para ser amada e preservada com responsabilidade. A Encíclica “Laudato Si’”, do Papa Francisco, afirma que a crise socioambiental em que vivemos só poderá ser superada com a união de todos nesta missão comum de zelar, amar e cuidar da casa comum planetária, que infelizmente vem sofrendo agressões, perdas e explorações excessivas dos recursos da terra.
Para marcar o nosso compromisso com o Mês Verde, o Vicariato para o Meio Ambiente e a Sustentabilidade da Arquidiocese do Rio de Janeiro organizou algumas atividades, em parceria com outras instituições. No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, houve um plantio de espécies da Mata Atlântica no entorno do monumento Cristo Redentor. Foram selecionadas cinco espécies do bioma: ipê-amarelo, pau-ferro, pau-brasil, grumixama e pitanga, expressando o nosso compromisso com a preservação da Mata Atlântica. Na oportunidade, foi distribuído um folheto ilustrado sobre a vegetação existente no entorno do monumento, símbolo religioso de nosso país e referência internacional, junto ao Parque Nacional da Tijuca. No mesmo dia, o setor Cristo Sustentável do santuário apresentou o material reciclado que foi utilizado em tapetes de Corpus Christi, produzido pelo santuário, em São Gonçalo, no dia 8 de junho. O evento do dia 5 foi concluído com a celebração de uma santa missa, presidida pelo Cardeal Dom Orani João Tempesta, O.Cist., na qual foi proclamada uma devoção a Nossa Senhora, Rainha da Ecologia. No dia 9 de julho, Dia de São José de Anchieta, houve uma missa no Santuário do Cristo Redentor, presidida pelo vigário episcopal do Meio Ambiente e Sustentabilidade, padre Josafá Carlos de Siqueira SJ. Na oportunidade, foi lembrada a importância do santo para a história cultural e religiosa do Brasil, além de seu papel na evangelização, na poesia, no teatro e na biogeografia brasileira. José de Anchieta foi este jesuíta que viveu concretamente a ecologia integral, pois nas suas atividades apostólicas havia uma integração entre a fé, o compromisso social e o cuidado com a natureza. Sua visão sistêmica fez a diferença na história da evangelização de nosso país, deixando um legado de valores inesquecíveis.
Todos estes eventos e atividades, além de expressarem o nosso compromisso com o Papa Francisco e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no que se refere às questões socioambientais, manifestam também as preocupações da Arquidiocese do Rio de Janeiro com a preservação ambiental, o cuidado com a casa comum, a melhoria da qualidade de vida e a criação de uma cultura local inspirada nos valores da “Laudato Si’”.
Como guardiões da Criação, nestes tempos de mudanças climáticas, que poderão ocasionar sérias consequências para as nossas cidades e comunidades, que todos nós possamos cuidar com amor e responsabilidade desta maravilhosa obra divina da natureza, deixando um legado sustentável para as gerações futuras.
Padre Josafá Carlos de Siqueira SJ
Vigário episcopal para o Meio Ambiente e Sustentabilidade
