Monsenhor Vitorino Vegini: nos braços de Deus

“Somos cidadãos do céu. 

De lá aguardamos o nosso Salvador, 

o Senhor, Jesus Cristo. 

Ele transformará o nosso corpo humilhado e o 

tornará semelhante ao seu corpo glorioso, 

com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas. 

Assim, meus irmãos, 

a quem quero bem e dos quais sinto saudade, 

minha alegria, minha coroa, meus amigos, 

continuai firmes no Senhor” (Fl 3, 20-21, 4,1).

Na memória de São Carlos Borromeu, padroeiro dos seminários, em 4 de novembro, partiu para a eternidade monsenhor Vitorino Vegini, pároco emérito da Paróquia São José, em Realengo.

Ele tinha 85 anos de idade, 55 anos de sacerdócio e permaneceu à frente da Paróquia São José, em Realengo, por mais de 40 anos.

 

Perfil

Padre Vitorino descobriu a vocação ainda jovem, quando morava em Massaranduba, no Estado de Santa Catarina, perto de Itajaí, cidade onde nasceu, no dia 22 de janeiro de 1937.

Filho de Ignacio Vegini e de Frida Ranghetti Vegini, ingressou no Seminário Rio do Oeste, em Santa Catarina, aos 12 anos. Fez o noviciado no Seminário São Manuel, em Aparecida (SP), onde se formou em Filosofia. Em 1962, foi para Turim, na Itália, pelo Instituto Missões Consolata, onde se formou em Missiologia e Teologia na Faculdade São João Bosco.

Na Catedral de Turim, na Itália, recebeu a ordenação diaconal no dia 17 de março de 1966, e a ordenação sacerdotal no dia 17 de dezembro do mesmo ano.

De volta ao Brasil, trabalhou primeiramente em São Paulo. Em 1970, veio para o Rio de Janeiro, onde exerceu os ministérios de pró-pároco da Paróquia Nossa Senhora da Consolata, em São Cristóvão (1968 a 1971); vigário cooperador da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Realengo (1972); encarregado da Paróquia Santa Inês, em Senador Camará (1972); vigário cooperador da Paróquia Nossa Senhora da Consolata, em São Cristóvão (1973); pró-pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Realengo (1971 a 1973); e pároco da Paróquia Salvador do Mundo, em Guaratiba (1973).

Foi também vigário episcopal interino do Vicariato Episcopal Oeste (1992 e 1994), e confessor das Religiosas Missionárias da Caridade da Casa de Acolhida Sagrado Coração de Jesus, em Realengo (1999).

No dia 5 de outubro de 1976, foi incardinado na Arquidiocese do Rio de Janeiro, assumindo a Paróquia São José Operário em 18 de janeiro de 1980, onde permaneceu por mais de 40 anos, sendo sucedido pelo padre Henrique José da Rocha Coimbra, em 2021.

No dia 7 de abril de 2017, ele recebeu o título de monsenhor das mãos do arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, como um presente pelas comemorações dos 50 anos de sacerdócio.

 

Gratidão

“Monsenhor Vitorino tem marcas da sua vida que ele deixa, com sua presença em cada um que passou por sua vida, como a humildade, disponibilidade, acolhimento e serviço! Desde que o conheci vejo estas características muito fortes na presença do monsenhor Vitorino. Um grande sacerdote que não media esforço para ajudar quem quer que fosse. Além disso, sendo do Sul, tinha um jeito próprio de ser, mas sempre com um humor peculiar. O tempo em que estou aqui, à frente da Paróquia São José Operário, em Realengo, na convivência com o monsenhor e com o povo, percebo os grandes desafios que existem, e que monsenhor Vitorino, com seu jeito, conseguiu conduzir a comunidade paroquial. Foi um sacerdote que soube fazer da sua vida um verdadeiro sacrifício de amor para o serviço da Igreja e dos irmãos! Agradeço a Deus pela vida e o ministério do monsenhor Vitorino, pela fraternidade e amizade que gerou em nós, fruto da graça do Espírito Santo e que agora deixa, em nossos corações, as saudades de um homem que foi um sinal de Cristo para nós!”, disse o padre Henrique José da Rocha Coimbra, que sucedeu monsenhor Vitorino à frente da Paróquia São José, em Realengo.

 

Carlos Moioli

 

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