Nos últimos anos, as paróquias têm-se servido, cada vez mais, de metodologias profissionais de marketing para a superação de dificuldades pastorais e administrativas. Para obter um bom resultado da qualidade e quantidade da Pastoral do Dízimo, faz-se necessário conhecer seu cenário. Conhecendo-o, pode-se reestruturar sua ação com uma metodologia de alta eficácia que gere benefícios humanos e financeiros para a comunidade paroquial.
O termo cenário vem do latim coenatoriu, local onde a família praticava a ceia, momento considerado de grande importância na Antiguidade. Com o tempo, o cenário passou a designar o conjunto de diversos materiais para criar a realidade ou a atmosfera para a ação. Assim sendo, uma Pastoral do Dízimo que não contenha uma boa análise de cenários será fatalmente passível de muitos questionamentos quanto à sua viabilidade.
É impossível analisar um cenário do dízimo paroquial partindo do zero. É uma tarefa demasiadamente árdua, senão, impossível. Para começar, pense macro. Tal tarefa exige muita oração, criatividade, visibilidade e objetividade.
É preciso ver o cenário do dízimo paroquial com o olhar de Deus, um olhar que tem como objetivo a salvação. Assim, encontraremos muitos sinais da ação de Deus e poderemos entender melhor os fiéis leigos com suas potencialidades, qualidades e possibilidades, participando eficazmente na ministerialidade eclesial.
O cenário do dízimo paroquial é cheio de perplexidade. Ninguém conhece ao certo como ele é. Contudo, fazendo-se uma análise qualitativa e quantitativa do dízimo, poderemos conhecer melhor e, cada vez mais, sua dinâmica:
- ANÁLISE QUALITATIVA DO DÍZIMO
Quanto à análise qualitativa do dízimo, é importante:
- Diagnosticar seus padrões de excelência;
- Analisar se os agentes e a comunidade paroquial estão fazendo o que é correto e de forma correta;
- Avaliar o fluxo de formação, de informação, de conscientização e de materiais;
- Verificar o grau de participação das pessoas envolvidas, o nível de motivação, de entusiasmo e o grau de cooperação entre os agentes.
Em relação à qualidade, pode-se levantar:
- Alguns pontos fortes como: o bom relacionamento dos agentes com os paroquianos; o conhecimento geográfico da paróquia; a participação dos paroquianos; a dedicação e presteza nos trabalhos pastorais; a honestidade e a disposição para treinamento e desenvolvimento.
- Alguns pontos fracos: baixa conscientização dizimal e a não aplicação de ferramentas gerenciais e de recursos humanos.
- ANÁLISE QUANTITATIVA DO DÍZIMO
Na análise quantitativa trabalha-se com números. Os números facilitam a análise real de como está o cenário do dízimo paroquial. É importante conhecer:
a) A população da paróquia;
b) O número de católicos;
c) O número de católicos que participam das missas dominicais;
d) O número de católicos que exercem algum ministério na comunidade paroquial;
e) O número de dizimistas inscritos;
f) O número de dizimistas que contribuem no mês;
g) Os dizimistas efetivos (que contribuem assiduamente);
h) Os dizimistas desistentes (motivos);
i) Os dizimistas que contribuem esporadicamente (motivos);
j) O valor total do dízimo (média);
k) A média de contribuição por dizimista, etc.
Assim sendo, com estas duas análises da experiência dizimal paroquial, qualitativa e quantitativa, é possível elaborar um roteiro de ações a fim de que a Pastoral do Dízimo seja atuante, dinâmica, eficiente e eficaz. A partir destas análises, ela poderá reestruturar bem sua ação, fazendo com que a comunidade paroquial tenha meios e recursos para ser sinal e instrumento do Reino, investindo nos agentes e nas mediações evangelizadoras.