O Papa Francisco nomeou, no dia 1º de junho, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, como membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na Santa Sé.
Dom Orani, que começou a receber os ofícios após ser criado cardeal, no dia 22 de fevereiro de 2014, também faz parte da Congregação para a Educação Católica (nomeado em 22/5/2014), da Congregação para a Evangelização dos Povos (nomeado em 14/9/2014) e da Pontifícia Comissão para a América Latina (nomeado em 10/3/2021).
Dom Orani também já foi membro do Pontifício Conselho para os Leigos, e deixou de ser a partir do dia 1º de setembro de 2016, quando, por decisão do Papa Francisco, foram incorporados nele mais dois conselhos e passou a se chamar Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
“Agradeço ao Santo Padre, o Papa Francisco, que me nomeou para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Peço a Deus que eu tenha todas as luzes necessárias para bem servir a Igreja. Estou sempre disponível para servir a Igreja agora nessa nova missão do discatério, com os demais membros que também foram nomeados. Rezem por mim para que eu possa desempenhar essa bela e importante missão”, disse Dom Orani ao receber a notícia de sua nomeação, destacando que colaborará com a congregação, como já faz com as demais, permanecendo no Rio de Janeiro.
Junto com Dom Orani, foram escolhidos mais três bispos brasileiros: o secretário da Congregação para os Bispos, Dom Ilson de Jesus Montanari, o arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, e o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, Dom Edmar Peron.
A congregação tem como prefeito o arcebispo Dom Arthur Roche, o secretário é o arcebispo Dom Vittorio Francesco Viola, e o segundo secretário Dom Aurelio García Macías.
Congregação
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos resulta da unificação dos dois dicastérios originalmente autônomos: a Congregação para o Culto Divino (instituída sob esse nome pelo Papa São Paulo VI com a Constituição Apostólica “Sacra Rituum Congregatio”, de 8 de maio de 1969) e a Congregação para a Disciplina dos Sacramentos (instituída sob esse nome por São Pio X com a Constituição Apostólica “Sapienti Consilio”, de 29 de junho de 1908).
Já unificados por São Paulo VI com a Constituição Apostólica “Constans nobis studium”, de 11 de julho de 1975, e com o nome “S. Congregatio pro Sacramentis et Cultu Divino”, os dois dicastérios acima mencionados foram restaurados em autonomia e com as suas respectivas denominações: “Congregação para os Sacramentos” e “Congregação para o Culto Divino”, por São João Paulo II, com a quirografia de 5 de abril de 1984.
Com a Constituição Apostólica “Pastor Bônus”, publicada a 28 de junho de 1988, São João Paulo II uniu-os novamente num único dicastério com o nome “Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos”.
Ela trata de tudo o que diz respeito à Sé Apostólica relativamente à promoção e regulamentação da liturgia e, acima de tudo, dos sacramentos.
Dicastérios
No dia 19 de março deste ano, data do 9º aniversário do início do pontificado do Papa Francisco, foi promulgada a nova Constituição Apostólica sobre a Cúria Romana e seu serviço à Igreja e ao mundo, intitulada “Praedicate evangelium” (‘Pregai o Evangelho’), que entrará em vigor no dia 5 de junho deste ano de 2022, Solenidade de Pentecostes.
A nova Constituição, constituída de 250 itens, substitui a “Pastor Bônus”, de São João Paulo II – promulgada em 28 de junho de 1988 e em vigor desde 1º de março de 1989.
A nova Constituição sanciona um processo de reforma que já foi quase totalmente implementado nos últimos nove anos, por meio das fusões e ajustes realizados, que levaram ao nascimento de novos dicastérios. O texto sublinha que “a Cúria Romana é composta pela Secretaria de Estado, pelos dicastérios e pelos organismos, todos juridicamente iguais entre si”. Nesse sentido, os organismos até então chamados “congregação”, passam a ser denominados “dicastérios”.
Membros da congregação
Cardeais:
Luis Antonio G. Tagle, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos;
Orani João Tempesta, O. Cist., arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro;
Charles Maung Bo, S.D.B., arcebispo de Yangon (Myanmar);
Daniel Fernando Sturla Berhouet, S.D.B., arcebispo de Montevidéu (Uruguai);
Blase Joseph Cupich, arcebispo de Chicago (Estados Unidos da América);
Cristóbal López Romero, S.D.B., arcebispo de Rabat (Marrocos);
Celestino Aós Braco, O.F.M. Cap., arcebispo de Santiago (Chile);
Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida;
Konrad Krajewski, esmoleiro de Sua Santitade;
Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos;
Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos;
Bispos:
Lazzaro You Heung-sik, prefeito da Congregação para o Clero;
Filippo Iannone, O. Carm., presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos;
Joseph Augustine Di Noia, O.P., secretário adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé;
Ilson de Jesus Montanari, secretário da Congregação para os Bispos;
Jean Legrez, O.P., arcebispo de Albi (França);
Jaime Spengler, O.F.M., arcebispo de Porto Alegre (Brasil);
Jorge Carlos Patrón Wong, arcebispo de Jalapa (México);
Mario Iceta Gavicagogeascoa, arcebispo de Burgos (Espanha);
David Douglas Crosby, O.M.I., bispo de Hamilton (Canadá);
Edmar Perón, bispo de Paranaguá (Brasil);
Hugh Gilbert, O.S.B., bispo de Aberdeen (Grã Bretanha).
Da Redação