Pastoral Carcerária do Rio realiza mutirão de saúde em Instituto Penal para Idosos

‘Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia’ (Mt 5, 7)

A Pastoral Carcerária da Arquidiocese do Rio de Janeiro e do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou o Mutirão de Atendimento Médico para homens privados de liberdade, do Instituto Penal Cândido Mendes, no Centro. A ação, que teve como objetivo levar dignidade por meio de consultas médicas, contou com a parceria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UniRio), na Tijuca.

O coordenador da Pastoral Carcerária da Arquidiocese do Rio de Janeiro e do Regional Leste 1 da CNBB, padre Roberto Magalhães, destacou que o mutirão assistiu 26 internos idosos, que receberam atendimentos nas especialidades de cardiologia e urologia. Além de consultas médicas, os idosos fizeram exames de eletrocardiograma e de prevenção de câncer de próstata.

Padre Roberto Magalhães ressaltou que o mutirão humanitário contou com serviços médicos de voluntários, os urologistas  Leonardo Albuquerque Abreu e Carlos Eduardo Klojda, e os cardiologistas Carlos André Klojda e Bernardo Rangel Tura, que é diácono permanente. Os alunos da Faculdade de Medicina da UniRio Pedro Santoro, Raphael Boheki e Vitor Perim auxiliaram nos atendimentos médicos.  Já o agente religioso Odracyr Figueiredo prestou assistência espiritual e humanitária, uma das obras de misericórdia para socorro aos prisioneiros e às famílias deles.

 

Socorrer os prisioneiros

Padre Roberto Magalhães assegurou que o trabalho principal doado às pessoas privadas de liberdade é levar esperança e dignidade e socorrer os internos em suas necessidades corporais ou espirituais. “A nossa missão é a visita religiosa dentro das unidades prisionais, da cidade e no interior do Estado do Rio de Janeiro, com a participação das dioceses. E esse trabalho religioso é fazer-se presente nos cárceres, levando a Palavra de Deus, celebrando missas, lendo e fazendo meditações das Sagradas Escrituras, realizando atividades com grupos de oração e círculos bíblicos. Além disso, evangelizamos através do Caminho Neocatecumenal. Todas essas atividades religiosas são trabalhadas nos presídios do Estado do Rio de Janeiro, sobretudo aqui na capital”, destacou.

Quanto aos serviços de voluntariado médico, padre Roberto comentou: “Os voluntários ajudam em todos os atendimentos humanitários, principalmente nas especialidades médicas que não têm assistência dentro do sistema prisional, como urologia e cardiologia”, frisou.

Segundo o coordenador da Pastoral Carcerária, a cidade do Rio de Janeiro conta com 28 unidades prisionais, como o Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, Água Santa, em Piedade, e Cândido Mendes, no Centro, onde tem população idosa. Há também o presídio feminino, em Bangu, e o atendimento à pessoa custodiada da Central de Audiências de Custódia de Benfica.

Padre Roberto Magalhães revelou que a CNBB Nacional colabora com a Pastoral Carcerária do Regional Leste 1. “Nós tivemos ajuda, recentemente, da CNBB, em Brasília. Eu e toda a equipe do regional fizemos um projeto do Fundo Nacional de Solidariedade e levamos à CNBB Nacional. A CNBB aprovou e nos enviou uma verba da Coleta da Solidariedade, da Campanha da Fraternidade, ofertada no Domingo de Ramos. Então, nós recebemos essa ajuda e compramos materiais médico, insumos e uma máquina de eletrocardiograma. E também usamos nas nossas missões que se chamam “O Amor que Cura”. Esse projeto é específico para os velhinhos encarcerados. Essa é a nossa missão: primeiramente, levar a Palavra de Deus, com Jesus dentro do cárcere. E, na medida do possível, levar assistência humanitária e médica. Então, gratidão pela ajuda e colaboração desses profissionais de saúde que doam com amor”, agradeceu o coordenador da Pastoral Carcerária.

Padre Roberto Magalhães explicou que todos são convidados a fazer parte da Pastoral Carcerária. “Precisamos do voluntariado dos religiosos, leigos, leigas, diáconos e sacerdotes. Todos podem entrar em contato com o nosso escritório, em Bangu, e falar com a nossa secretária Janaína. O telefone é 2405-8112 e o escritório fica próximo ao Complexo Prisional de Gericinó, na Estrada Guandu do Sena, 2051. Que Deus abençoe a todos e que Nossa Senhora proteja também todas as pessoas, principalmente, os privados de liberdade e suas famílias. Que assim seja. Amém!”, concluiu o sacerdote.

 

Rita Vasconcelos

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