A então Capela São Sebastião, situada em Inhoaíba, recebe todos os anos, desde 2010, a visita da imagem peregrina do padroeiro da cidade e da arquidiocese, dentro da programação da Trezena de São Sebastião, conduzida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta.
Neste ano, a visita foi especial. Dom Orani elevou a capela, cuja comunidade de fiéis existe desde a década de 1920, à condição de paróquia, dedicada ao mesmo padroeiro. É a paróquia de número 36 do governo de Dom Orani e a de número 287 da arquidiocese.
“A Paróquia São Sebastião nasce no contexto da Trezena do nosso padroeiro, que neste ano tem como tema: ‘São Sebastião, vocacionado à missão’, e dentro do Ano Vocacional Missionário. O Papa Francisco também começou a falar em suas catequeses nas audiências de quartas-feiras da paixão pela evangelização”, disse o arcebispo.
“A evangelização é a grande preocupação da Igreja. Ser missionário é algo permanente na Igreja. Ou somos missionários ou não somos Igreja. Ser missionário é anunciar, testemunhar, é contagiar pela vida as pessoas que estão perto ou longe de nós”, acrescentou.
O decreto de criação da Paróquia São Sebastião foi lido pelo vigário episcopal do Vicariato Campo Grande, padre Luiz Carlos Pereira, no início da celebração eucarística de instalação da paróquia, realizada no dia 11 de janeiro.
O território pastoral da nova paróquia foi desmembrado da Paróquia Santa Sofia, em Cosmos, da qual estava vinculada, e da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Campo Grande, que cedeu a Capela São Miguel, também situada em Inhoaíba.
Na mesma celebração, Dom Orani deu posse ao primeiro administrador paroquial, padre Felipe de Souza Pertence, até então, vigário paroquial da Paróquia Santa Sofia, em Cosmos. O trabalho de preparação para instalação da nova paróquia foi conduzido pelo pároco de Santa Sofia, padre Fábio Santos de Mello, que se empenhou na criação e o fortalecimento das pastorais, reformas estruturais dos prédios da comunidade e o início da construção da casa paroquial.
Na homilia, ao refletir sobre o episódio da cura de Pedro e da ação missionária de Jesus (Marcos 1,29-39), Dom Orani lembrou aos fiéis que a comunidade não deve esperar que as pessoas venham até a paróquia. O arcebispo lembrou – como narra o Evangelho -, que a sogra de Simão estava de cama, com febre, e Jesus se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu, e ela começou a servi-los.
“A ‘Igreja em saída’ que tanto falamos é ir ao encontro das pessoas onde elas estão, e não esperar que venham até a comunidade. Inclinar-se sobre as pessoas significa ressuscitar, trazer à vida. A nossa missão de ir às casas para proclamar a Boa Notícia às pessoas é para que elas se levantem de suas mortes e passem a viver como homens e mulheres novos”, disse.
“O nosso anúncio deve levar as pessoas a fazer uma verdadeira experiência do amor a Deus. Ao serem evangelizadas e terem experimentado a libertação em suas vidas, elas devem passar também a colocar-se a serviço dos outros. A experiência de sentir o amor de Deus deve levar a contagiar as pessoas com o bem, a buscar a vida que se encontra somente em Jesus, o único que tira todos os males do coração”, destacou o arcebispo.
Dom Orani concluiu sua homilia convidando os fiéis a serem missionários itinerantes, irem a todos os lugares geográficos ou não que necessitam de evangelização, de anunciar a Palavra de Deus. “Peço a Deus que esse espírito e ardor missionário coloquem todos a caminho para que as pessoas desta região da cidade possam fazer uma bela experiência do amor de Deus em suas vidas”.
Carlos Moioli