No mês de maio, após um período de enfermidades, Haroldo Bernado Ferreira Nobre e Sebastião Eugenio Pacelli Santos Alvarenga, colaboradores da Rádio Catedral, foram ao encontro do Senhor.
“Agradecemos a Deus pela vida dos nossos dois irmãos que partiram para a eternidade e também pelo trabalho que desempenharam com carinho como colaboradores da Rádio Catedral. Agora, juntos de Deus, onde não há mais dores nem sofrimentos, que eles possam contemplar a face de Deus misericordioso e rezar por nós, para que continuemos com a missão de proclamar o Evangelho de Jesus Cristo”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro e presidente da Fundação Rádio Catedral, Cardeal Orani João Tempesta.
Haroldo Nobre
Colaborador da Rádio Catedral no Setor Comercial desde o dia 3 de junho de 1996, Haroldo Bernado Ferreira Nobre faleceu no dia 15 de maio, aos 51 anos. Filho de Roberto Ferreira Nobre e de Manoela Bernada Ferreira Nobre, ele nasceu no Rio de Janeiro em 20 de maio de 1970. Deixou esposa e um filho. O Rito de Exéquias, realizada no Cemitério da Penitência, no Caju, foi presidida pelo diretor administrativo-financeiro da Rádio Catedral, padre Ionaldo Pereira da Silva.
“Meu grande amigo Haroldo Nobre partiu, sua falta será sentida por todos nós que tivemos o privilégio de estar ao seu lado por todos esses anos. Mais do que um profissional exemplar, um ser humano especial, sincero, sempre presente e preocupado em ajudar, em estender a mão aos amigos. A amizade que construímos permanecerá para sempre nas minhas lembranças e no meu coração. É difícil dizer qualquer coisa nesse momento de dor. Só desejo que ele descanse em paz”, partilhou um dos amigos que trabalhou com ele por mais de 20 anos, Rimsky Fanticelli Baptista.
Outra amiga de setor, Deniere Fonseca, que trabalhou com Haroldo por quase dez anos, partilhou que foi ele quem a acolheu quando ela chegou, que trabalhavam juntos e um ajudava o outro.
“Haroldo era um profissional atento às suas funções, organizado e trabalhava com muito zelo. Podíamos perceber a sua eficácia até após seu falecimento. Uma pessoa que tinha um bom relacionamento com todos os funcionários e com nossos clientes do comercial”, disse.
Deniere destacou que Haroldo era um incentivador para as campanhas da Rádio, e houve épocas nas quais ele mesmo saía para panfletar, ajudar com os boletos e tudo que a emissora precisasse para fazê-la mais conhecida e também para ter mais Amigos.
“Ele foi um dos primeiros colaboradores a compor o corpo de funcionários da Rádio Catedral. Com mais de 25 anos de casa, sempre se envolveu para o bom funcionamento da emissora. Nas reuniões com a diretoria, de maneira otimista se colocava à disposição para levar à frente os projetos propostos. Pessoa muito prestativa, todos que vinham solicitar um favor, imediatamente se colocava à disposição”, disse a amiga de trabalho.
“Torcedor do Vasco da Gama” – contou Deniere –, era uma pessoa descontraída, gostava de brincadeiras com os amigos, colegas de trabalho e até mesmo com sua família, especialmente com seu filho Rodrigo e sua esposa Adriana.
“Além das brincadeiras com a sua família, mantinha amizade e amor. Eram muito unidos, faziam tudo juntos. Ele não media esforços por eles. Fazia tudo que podia para fazê-los felizes. Amava-os demais e sempre dizia isso. Um esposo, pai exemplar, profissional eficiente, companheiro de trabalho e parceiro”, concluiu Deniere, desejando de coração que o “bom Deus o acolha na eternidade”, e todos que o conheceram “possam ser consolados”.
Eugenio Pacelli
Sebastião Eugenio Pacelli Santos Alvarenga, mais conhecido como Pacelli, trabalhava na Rádio desde o dia 1º de abril de 2011, como promotor do Terço da Misericórdia.
Filho de José Jacinto Alvarenga e de Genny Sant’Ana Santos Alvarenga, ele nasceu em Paraibuna (SP), no dia 7 de fevereiro de 1965. Faleceu no dia 20 de maio, aos 57 anos, deixando dois filhos, Giulia e Gabriel.
“Uma dor se abateu hoje sobre nós ao receber a notícia da partida de Eugenio Pacelli para a eternidade. Ele deixou sua marca na Rádio Catedral e na arquidiocese na condução do Terço da Misericórdia. Antes da pandemia, ele percorria paróquias e capelas da arquidiocese e até da Região Metropolitana do Rio de Janeiro para rezar o Terço da Misericórdia junto com os párocos e o povo de Deus”, disse Dom Orani durante a Oração do Ângelus (Regina Coeli no tempo pascal), transmitida pela Rádio Catedral, no dia 20 de maio.
“Um grande evangelizador”, disse Dom Orani, destacando que Eugenio Pacelli – o mesmo nome do grande Papa Pio XII – tinha um “carinho muito especial pela Rádio Catedral, e usava os meios de comunicação para difundir o amor misericordioso de Jesus Cristo segundo o Diário de Santa Faustina”.
O arcebispo lembrou – ainda durante a Oração do Ângelus – que, nos últimos tempos, Pacelli caminhava com dificuldade pelos corredores da Rádio por causa da doença que avançava. Foi preciso se afastar do trabalho e mudar-se para Taubaté (SP), onde recebeu os cuidados dos filhos até o fim. Observou que “havia esperança de sua volta ao trabalho” para que continuasse a missão, que também “era seu desejo”, mas a doença, que era degenerativa, foi progredindo, apesar da luta para diminuir a sua incidência, até que chegou o momento que não teve mais solução e “ele voltou para Casa do Pai”.
“Pacelli serviu a Igreja com alegria e generosidade até quando foi possível. Mesmo de longe e com as dificuldades da doença que afetou a respiração, continou a anunciar o Evangelho, enviando mensagens para seus amigos. Quem teve a oportunidade de visitá-lo era evangelizado pelo entusiasmo de sua confiança em Deus”, disse o arcebispo.
“Agradecemos a Deus pela sua vida e por ser um sinal de ressurreição para todos” – acrescentou Dom Orani –, lembrando que ele não desanimou com a doença, lutou até o fim e continuou evangelizando. “Agora, não dependendo mais da doença, de respiradores, temos a certeza que ele está cantando os louvores de Deus na eternidade. Nos unimos a sua família, em especial aos seus dois filhos, e pedimos a Deus que as sementes que ele plantou pela sua vida, trabalho e exemplos possam dar frutos de vida eterna”, disse.
“Sentimos a partida, a sua ausência, mas temos a certeza que seus olhos se abriram para a eternidade, junto de Deus, na alegria perpétua onde não há dor e sofrimento. Que ele faça a experiência da misericórdia que tanto anunciou e receba o abraço misericordioso do Pai, a libertação em Jesus Cristo e o amor do Espírito Santo em sua vida. Agora, em outra dimensão, que ele reze por nós e nos impulsione em anunciar com entusiasmo o Evangelho, a vida e ressurreição”, disse Dom Orani ao concluir a Oração do Ângelus.
Velório
No velório de Pacelli, em Taubaté, a Arquidiocese do Rio de Janeiro foi representada pelo vigário episcopal para a Comunicação, padre Arnaldo Rodrigues, pelo pároco da Catedral, cônego Cláudio dos Santos, que presidiu a missa de exéquias, e pelas funcionárias da Rádio Catedral, as irmãs Dalva e Denise Faustino.
Missa de 7º Dia
Na manhã do dia 26 de maio, Dom Orani presidiu na Cripta da Catedral de São Sebastião, no Centro, a missa de 7º Dia pelas almas de Haroldo Nobre e Eugenio Pacelli.
“Celebramos a vida neste tempo pascal e a certeza da ressureição em nossos corações. Ao nos defrontarmos com a morte, sabemos que a vida é que tem a última palavra. Por isso, rezamos pelo descanso de nossos irmãos Haroldo Nobre e Eugenio Pacelli, para que possam contemplar na visão beatífica aqu’Ele a quem anunciaram pela vida. Eles foram sinais da missão do leigo cristão que ultrapassaram as fronteiras da profissão e tornaram-se evangelizadores e missionários. Que eles recebam no Céu a recompensa pela vida e missão que desempenharam”, disse o arcebispo durante a homilia.
Estavam presentes na celebração os bispos auxiliares Dom Roque Costa Souza e Antonio Catelan, e sacerdotes, entre eles, o padre Walnei de Moura Antunes, que reza semanalmente o Terço da Misericórdia na Rádio Catedral, e o pároco da Catedral, cônego Cláudio dos Santos, que deu um testemunho sobre a vida de Pacelli. A Rádio Catedral foi representada pelo diretor administrativo-financeiro adjunto, diácono Claudino Affonso Esteves Filho.
Na sua mensagem, no final da celebração, cônego Cláudio partilhou que conheceu Pacelli e sua família quando eles vieram morar no Rio de Janeiro, logo no início de seu ministério sacerdotal, portanto, uma amizade de quase 25 anos. “No final das celebrações, na Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo, tinha o costume de abençoar os seus filhos Giula e Gabriel, ainda pequenos”, contou.
Cônego Cláudio lembrou que Pacelli foi motivado a ser transferido para o Rio por empresa na qual trabalhava, e depois de sair dela, começou a trabalhar na Rádio Catedral, ficando responsável pelo Terço da Misericórdia. “Ele impulsionou a difusão da devoção nas paróquias da arquidiocese e também pelas ondas da Rádio Catedral, levando pela ‘Sintonia da Felicidade’ a esperança a muitos corações”, disse.
“Quando estávamos juntos rezando o Terço da Misericórdia, ele sempre trazia a intenção de alguma pessoa se colocando como um intercessor diante de Deus. Uma atitude que contagiava nosso coração por sua missionariedade e que consola o nosso coração com a sua partida”, disse o pároco da Catedral.
Dirigindo-se aos filhos, familiares e amigos de Pacelli, cônego Cláudio concluiu sua mensagem: “Temos a certeza que ele vive na alegria de Deus e que ganhamos alguém que está mais próximo do coração de Deus. No céu, ele estará olhando e rezando por nós, porque ele não passou em nossas vidas de forma despercebida. Com seu trabalho, a sua missão, ele foi um sinal da presença de Deus no meio de nós”.
Na missa, entre os familiares de Pacelli, os filhos Giulia e Gabriel trouxeram uma urna com as cinzas do pai, que após o rito exequial, presidido por Dom Orani, foi colocada na Cripta da Catedral, na Quadra Noroeste (NO), Ala D, número 1465.
“Pacelli era aquela pessoa que estava sempre com um sorriso no rosto, alegre, divertido, prestativo, um verdadeiro amigo. Um servo de Deus que cumpriu com exatidão a sua missão neste mundo. Com certeza está no céu, juntamente com Jesus Misericordioso e Santa Faustina. Agradeço a Deus pela oportunidade de tê-lo conhecido. Que descanse em paz e interceda por nós”, disse Dalva Faustino, que trabalhou com Pacelli no mesmo setor, na Rádio Catedral, desde 2013.
Texto e Foto: Carlos Moioli