Treze diáconos são ordenados no início do Ano Vocacional Missionário

“Iniciamos em nossa arquidiocese o Ano Vocacional Missionário em que nós contemplamos a nossa vocação de cristãos, de batizados, de todas as vocações, especialmente a da missão. Mas hoje temos a alegria de ordenar novos diáconos destinados ao sacerdócio, que têm a missão de servir e santificar o povo de Deus”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, ao ordenar 13 novos diáconos transitórios na Catedral de São Sebastião, no Centro, no dia 7 de dezembro.

São eles: Arthur José Torres da Conceição, Carlos Ébano Costa da Silva, Daniel Nascimento de Paula, David de Assis Ramos da Silva, Eduardo de Carvalho Gonçalves, Francisco Évison Isaías Lopes, Hebert Queiroz Borges, Kadun Dornelles Garcia, Leandro Henrique Rêgo Fernandez, Leandro Silva da Paz, Luis Paulo Gomes Renovato, Rafael dos Santos e Vinícius de Oliveira Alegria.

A ordenação foi realizada na presente data, a pedido do reitor do Seminário Arquidiocesano de São José, cônego Leandro de Souza Câmara, para celebrar os jubileus de Dom Orani durante o ano de 2022, que são os 50 anos de profissão religiosa perpétua como monge cisterciense (2 de fevereiro), 25 anos de ordenação episcopal (25 de abril) e 48 anos de ordenação sacerdotal (7 de dezembro).

“Agradeço a deferência de festejar meus jubileus nesta celebração, vendo a multiplicação do carisma e do dom que Deus me deu através dos novos que vão chegando e dos que vão sendo ordenados diáconos e presbíteros. De maneira especial, agradeço ao Senhor por ter me concedido a graça de ordenar neste ano 25 presbíteros em comemoração aos meus 25 anos de episcopado”, disse o arcebispo.

Carta Pastoral

No final da celebração, Dom Orani distribuiu a sua nova Carta Pastoral: “Vocacionados e enviados para a missão”, publicada por ocasião do Ano Vocacional Missionário que está sendo vivido na arquidiocese.

Na Carta Pastoral, Dom Orani contempla datas importantes da Igreja convocadas pelo Papa Francisco, como o Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade (que será realizado em duas partes: 2023 e 2024), o Ano Santo, em 2025, o jubileu do Concílio Vaticano II (2023), o Ano da Oração (2024) e, de maneira especial, o Ano Vocacional Missionário na arquidiocese, na qual convida o clero, os consagrados, seminaristas, leigos e o povo de Deus a viver com intensidade a vida missionária.

 

Novo vicariato

Também fizeram parte da celebração a leitura do decreto de instituição do Vicariato para o Meio Ambiente e Sustentabilidade e as provisões de nomeações do vigário episcopal, padre Josafá Carlos de Siqueira, SJ, e do vigário adjunto, padre José Milton da Conceição Gomes Cardoso. Os documentos foram lidos pelo chanceler da Cúria Metropolitana, monsenhor Helio Pacheco Filho.

 

Entrega generosa

Na homilia, Dom Orani lembrou que a Palavra de Deus, por meio das leituras do dia, conduzia a todos para a experiência de Deus do seu chamado e da missão no mundo.

“O Senhor nos escolhe desde o ventre de nossas mães para sermos, como Igreja, um povo bonito na mesma fé e no mesmo batismo. Nos escolheu para que nós experimentemos o seu amor, nos amarmos uns aos outros e ser presença desse amor na sociedade. Essa é a nossa vocação enquanto cristãos, enquanto Igreja”, disse.

O arcebispo destacou que para os novos diáconos – cuja história e caminhada são conhecidos pelos familiares e fiéis de suas comunidades de origem e de pastoral –, a vocação batismal estava tendo uma nova conotação, na qual seria impresso em suas vidas o primeiro grau do Sacramento da Ordem.

“Junto com a vocação cristã, isto é, a missão do cristão no mundo, eles foram chamados e responderam com generosidade. O Senhor foi conduzindo e trabalhando o coração de cada um e hoje dão mais um passo rumo ao sacerdócio. O chamado é um mistério, um dom de Deus, quando os escolhidos respondem com alegria e entregam a própria vida para servir os irmãos e irmãs”, disse.

Enquanto diáconos e servidores, observou Dom Orani, o “primeiro chamado deve ser a preocupação com os pobres, os que necessitam da assistência da Igreja. De ser presença cristã, com atitudes concretas,   junto com aqueles que passam por situações difíceis na vida, para que eles não se sintam sozinhos, mas possam experimentar o amor que Deus tem para cada um”.

Ao recordar que a ordenação estava sendo realizada às vésperas da Solenidade da Imaculada Conceição, o arcebispo destacou que Maria foi concebida sem o pecado original porque Deus estava preparando uma digna morada para o seu Filho, o Salvador. Como não pensar também, observou Dom Orani, “que pelo batismo e uma experiência de vida cristã, Deus foi preparando os corações dos ordinandos para que pudessem responder com um sim generoso. ‘Faça-se em mim a sua vontade’, disse Maria. É a única coisa que Ele também nos pede. Depois de 48 anos da minha ordenação presbiteral, não imaginaria onde Ele me levaria com o meu sim. Mas o Senhor foi me conduzindo, porque Ele é fiel”.

Na conclusão da homilia, Dom Orani pediu aos fiéis que rezassem pelas vocações, de maneira especial aos ordinandos, para que “possam permanecer sempre abertos à graça de Deus, a viver o caminho da conversão e da santidade que só termina no céu, e que levem, com generosidade e alegria cristã as pessoas até Jesus Cristo”.

 

Tempo da graça

No final da celebração, o bispo auxiliar e animador dos seminários, Dom Roque Costa Souza, em sua mensagem, exortou os ordinandos a viver intensamente o tempo de diaconato.

“Procurem imprimir o serviço, a disponibilidade e o aconchego com a Palavra de Deus. Que ela produza frutos da caridade, e que cada um procure viver a dimensão que o Senhor toca no coração”, disse.

Dom Roque acrescentou: “Agora, vocês estão iniciando uma nova vida. Que a proximidade da ordenação sacerdotal seja um tempo da graça de Deus, e que vocês desfrutem essa graça que hoje é confiada no ministério diaconal, no serviço da caridade, da escuta da Palavra, no serviço de tantos que vão procurá-los para contar com a presença da Igreja, da Igreja que os envia”.

 

Tocados por Deus

Na sua mensagem, o reitor do Seminário Arquidiocesano de São José, cônego Leandro de Souza Câmara, disse sobre sua alegria de ver na celebração a presença de tantos jovens, adolescentes e crianças.

“Pedimos a cada um de vocês, crianças, jovens e adolescentes, que se sentiram tocados nesta celebração, que possam procurar o seu pároco, partilhar o que sentiram, partilhar do que perceberam e sentirem no coração um convite do Senhor, que peçam ajuda para discernirem a vocação para a qual Deus vos chama”.

“Que Deus vos abençoe, sejam muito bem-vindos e que vocês possam encontrar a alegria de ser e de viver o serviço do Senhor”, concluiu o reitor.

 

Carlos Moioli

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